Cartões-postais






































































Sob as luzes ouço o farfalhar das saias.
Tinge-me o riso branco sinestésico e o devir formiga me pica!
O mar contido na concha transborda.










Mãos que trazem tatuadas marcas de tempo.
Tempo que insiste em seguir seu prumo, indomável.
Transpassa os dedos como filetes de vento.
E parte, errante, 
distante, veloz...







Escuta a breve música que passa as sombras?
Trans-passam
Trans-bordam
Borda de cores o silêncio









Faz-se disfarce
Diz-me o interdito
Nasce catarse
Talvez não tenha sido.

Negro chacoalha na noite
Chacota de concha
Você tem é cara de carranca.

Pandeiro no bate, re-bate
Quebrando meu verso.

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