Fabulografando o 19º COLE - 22 a 25 de julho de 2014
Nos dias 22 a 25 de julho aconteceu, na Unicamp, o 19º COLE – Congresso de Leitura do Brasil, que tinha como tema “leituras sem margens”. O Congresso reuniu mais de 1500 pessoas e contou com diversos acadêmicos de repercussão nacional e internacional. Além disso contou com artistas como Laerte Coutinho, Allan da Rosa e variadas bandas, entre elas o Grupo Cantavento, Quarteto Amanajés e o Choro da Mata na programação cultural.
Foi neste grande evento que o Coletivo Fabulografias-ALB em parceria com o Movimento Brasil Literário, realizou uma inovadora e provocante intervenção artística, a intitulada “( ) ...”. O Ginásio Multidisciplinar, onde estava concentrada a feira de livros e as atividades culturais do evento, recebeu nos banheiros instalações com imagens e palavras que convidavam o público a uma imersão e criação no universo fabulográfico. Paredes, chão e cerâmicas se vestiram de novas cores a partir da intervenção do grupo. Palavras ventavam novas ideias em um ambiente inusitado. O simples ato de ir ao banheiro tornou-se um acontecimento, um espaço para fértil reflexão e criação a partir da cultura afro-brasileira.
Durante as Sessões de Comunicação – nas quais foram apresentados trabalhos dos inscritos no Congresso – membros do Coletivo Fabulografias-ALB fizeram duas conversas com os participantes. A primeira sobre a intervenção “( ) ...” e a segunda que surgiu como uma provocação artística sob a temática do racismo. Nesta última, intitulada “Imarginalizar-se”, foi oferecido um vídeo ( https://www.youtube.com/watch?v=kllKtDaUTOk ) e um áudio enquanto os presentes eram convidados a apreciar e criar com as imagens do projeto. O vídeo também ficou em exibição durante todos os dias, no Ginásio da UNICAMP.
Poetar nos/pelos banheiros de uma importante universidade brasileira durante um congresso de leitura.
Modo de re-existência, intervenção deslocando espaço temporalidades em fragmentos de imagens e palavras.
Sonoridades e formas convidando ao inusitado: pichações em espaços público-privados, fazendo problemas:
Banheiro público é espaço privado?
Pichação é infração?
Fabulografias na Semana da África e da Diáspora da Unicamp - 29 de maio de 2014
Nos dias 22 a 25 de julho aconteceu, na Unicamp, o 19º COLE – Congresso de Leitura do Brasil, que tinha como tema “leituras sem margens”. O Congresso reuniu mais de 1500 pessoas e contou com diversos acadêmicos de repercussão nacional e internacional. Além disso contou com artistas como Laerte Coutinho, Allan da Rosa e variadas bandas, entre elas o Grupo Cantavento, Quarteto Amanajés e o Choro da Mata na programação cultural.
Foi neste grande evento que o Coletivo Fabulografias-ALB em parceria com o Movimento Brasil Literário, realizou uma inovadora e provocante intervenção artística, a intitulada “( ) ...”. O Ginásio Multidisciplinar, onde estava concentrada a feira de livros e as atividades culturais do evento, recebeu nos banheiros instalações com imagens e palavras que convidavam o público a uma imersão e criação no universo fabulográfico. Paredes, chão e cerâmicas se vestiram de novas cores a partir da intervenção do grupo. Palavras ventavam novas ideias em um ambiente inusitado. O simples ato de ir ao banheiro tornou-se um acontecimento, um espaço para fértil reflexão e criação a partir da cultura afro-brasileira.
Durante as Sessões de Comunicação – nas quais foram apresentados trabalhos dos inscritos no Congresso – membros do Coletivo Fabulografias-ALB fizeram duas conversas com os participantes. A primeira sobre a intervenção “( ) ...” e a segunda que surgiu como uma provocação artística sob a temática do racismo. Nesta última, intitulada “Imarginalizar-se”, foi oferecido um vídeo ( https://www.youtube.com/watch?v=kllKtDaUTOk ) e um áudio enquanto os presentes eram convidados a apreciar e criar com as imagens do projeto. O vídeo também ficou em exibição durante todos os dias, no Ginásio da UNICAMP.
Poetar nos/pelos banheiros de uma importante universidade brasileira durante um congresso de leitura.
Modo de re-existência, intervenção deslocando espaço temporalidades em fragmentos de imagens e palavras.
Sonoridades e formas convidando ao inusitado: pichações em espaços público-privados, fazendo problemas:
Banheiro público é espaço privado?
Pichação é infração?
No período de 26 à 30 de maio de 2014, aconteceu na Casa do Lago da Unicamp a Semana da África e da Diáspora da Unicamp, organizada pelo FICAFRO (Fórum de Integração Cultural Afro-brasileiro da Unicamp). O evento contou com apresentações de trabalhos, rodas de conversa, vivências e palestras sobre o continente africano e relações raciais, aulas de dança afro e a exposição “Que Áfricas perpassam você?”, realizada pelo Núcleo de Leitura Fabulografias-ALB no dia 29 de maio.
Foi oferecido ao público, entre eles estudantes naturais de países do continente africano, um banquete de imagens e de obras literárias africanas que tratam da temática étnico racial, sendo visível a admiração e o encantamento no rosto de alguns de muitos visitantes. A saudade também foi um sentimento que passou pela exposição. Esses sentimentos muitas vezes se externalizaram por meio da escrita, por vezes poética, forte e apaixonada.
A intervenção do Núcleo nesta semana resultou em diálogo e reflexão sobre as diversas Áfricas contadas por quem e com quem nasceu e viveu em seu solo, outras pessoas que discutem as questões étnicos raciais e admiradores da cultura africana e afro brasileira e a produção de imagens.
Fabulografias na Moradia Estudantil da Unicamp - 24 de maio de 2014
A exposição “Que Áfricas perpassam você?” aconteceu no dia 24 de maio na Moradia Estudantil da UNICAMP. Fios de lã entrelaçaram imagens á convidados pelo espaço do CV-3 (Centro de vivência), durante todo o dia.
Algumas atividades, planejadas previamente, direcionaram-se com atenção para acolher as composições infantis. Tal momento contou com a distribuição, no ambiente, de muitas tintas, argilas e giz de cera.
A exposição foi encerrada com a participação, muito estimada, do grupo de capoeira Angola Resistência. O grupo, que havia sido contatado com antecedência, aceitou, prontamente, o convite para compor a exposição com o Núcleo. Neste encontro, adultos e crianças em alguns momentos perpassaram, solitariamente, pelas imagens, poemas, tintas e argilas, em outros foram invadidos pelo axé da roda e deixaram-se envolver pelo som e pelos movimentos em permutação com o grupo.
Poesia, tambores e imagens no Bosque do DIC I - 8 de abril de 2014
No dia 08.04.2014, a Casa de Cultura Andorinhas, Tear das Artes e Secretaria de Cultura de Campinas e Grupo Voz Ativa realizaram a VIII edição do Sarau no Bosque do DIC I, evento com agenda mensal. A convite de Benê Moraes, coordenador do evento, estiveram presentes Dr. Sinistro, Grupo de Teatro de Rua Plantear, Grupo Teatro Vila Real, grupo Savuru e Núcleo de Leitura Fabulografias-ALB.
O banquete de imagens e palavras foi servido ao público que se deliciou participando com leituras e improvisações de poemas. As crianças presentes tiveram a oportunidade de desenhar e intervir nas imagens em um espaço constituído somente para elas. Desta vez além da tradicional mesa, foram testados outros suportes imagéticos como expositores, tais como árvores, folhagens e outros elementos da paisagem local. O público interagiu muitíssimo enquanto tambores ecoaram propiciando um clima adequado para a leitura e uma atmosfera ainda mais criativa e convidativa. Os resultados desta intervenção foram a captação de diversas imagens e a consciência de novos suportes para a realização de exposições.
Conjunto de oficinas realizadas em Barão Geraldo - 4 a 25 de outubro de 2013
O
Casarão Cultural de Barão Geraldo é um ponto de cultura, espaço comunitário e
de resistência, envolvido com manifestações culturais e artísticas; é um
ambiente de encontros e trocas, que se dedica a ampliar o contato com bens
culturais e com a arte, para a comunidade.
As
oficinas de fotografia e poesia orientadas pelo grupo Fabulografias, com a
temática: "Que Áfricas ventam por você?", aconteceram no Casarão de
Barão nas tardes dos dias 4, 11, 18 e 25 de outubro, entre
as 13h00minh e 16h00minh. Tal horário foi planejado para receber estudantes de
1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio de uma escola estadual da região metropolitana
de Campinas, que frequentam aulas no período matutino. As atividades propostas não estavam vinculadas
diretamente à instituição escolar, pois se inserem no projeto “In-ventos por
entre áfricas”, que oferece imagens e palavras para diferentes públicos,
multiplicando espaços de criação.
No primeiro encontro nos deleitamos com um banquete imagético, oferecido aos presentes para degustação dos postais criados em oficinas anteriores e de poemas de alguns escritores africanos e brasileiros. Dos diálogos com estas palavras e imagens, foram produzidas outras, novas e potentes, pelas fotocomposições com objetos, com corpos e em sintonia com o Casarão, lugar fértil de estímulos para atos de criação.
No segundo encontro os presentes responderam ao chamado das imagens escolhendo objetos, poemas e espaços para socializar suas percepções. Houve também uma intensa manipulação dos livros disponíveis na biblioteca do Casarão. O exercício proposto consistiu em escolher frases dos livros que conversassem com as imagens escolhidas. Dessa forma, os participantes puderam navegar pelo rico acervo e misturar imagens com palavras, criando frases e versos.
No terceiro encontro as composições entre imagens e palavras produzidas nos primeiros encontros foram oferecidas impressas, em novo banquete, para um contato com a produção coletiva.
No quarto e último encontro a artista convidada, Marli Wunder, nos
proporcionou momentos de devaneio e re-criação das imagens, partilhando as
muitas possibilidades de interferirmos na criação já existente. Foram feitas diferentes
rasuras e misturas nas fotos, retirando delas os significados e deixando-as
livres para “(in)ventar” outras leituras...
As criações coletivas destes encontros geraram imagens que serão
compartilhadas com outros públicos, proliferando estes desejos de criação.
Coletivo Fabulografias no "II Quem tem cor age" - 24 de outubro de 2013
O Núcleo de Consciência Negra da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp realizou no mês de outubro no Instituto de Estudos da Linguagem e na Faculdade de Educação (FE), a segunda edição do evento "Quem tem cor age". O Núcleo é composto por estudantes de graduação, pós-graduação e funcionários.O evento deste ano buscou construir na UNICAMP a cultura de debater e refletir sobre a temática racial durante todo o ano e não somente no mês de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares. Forma apresentados trabalhos orais a fim de incentivar o debate entre aqueles investigam cientificamente a temática racial. O Projeto Fabulografias inspirado por ventos afro-brasileiros apresentou suas experiências de oficinas criação de imagens fotográficas e poesias com os alunos de escolas estaduais do município de Campinas. A equipe do projeto exibiu no dia 24 algumas de suas muitas produções imagéticas através de uma ´mesa de degustação de imagens´ e da projeção do filme Making Off do projeto: http://www.youtube.com/watch?v=FXcfTiGz9rM. As criações exibidas fazem-se coletivamente instigadas pelas perguntas: `Que áfricas dançam, cantam, soam, ecoam, moram, vivem nestas pessoas? Como as imagens e os sons podem expressar e criar sentidos vários destas diferentes ressonâncias africanas?
"Pra que isso, moça?" - 8 de junho de 2013
“Pra
que isso, moça?” Pergunta aparentemente inocente, que nos coloca diante do
exercício da explicação. Ainda mais quando feita por um indivíduo tão aberto e
sensível ao mundo ao seu redor, como uma criança. Perguntas formuladas com este
viés sensitivo, vinculado ao sentimento do fabuloso e do olhar imaginativo,
esperando a cada piscadela estar diante do fantástico são as mais difíceis de
serem respondidas.
Brincar com imagens, cores, sons e
palavras. Construções e desconstruções que perpassam uma África fabulada. Oficinas
de criação coletiva de cartões-postais imagéticos em parceria com grupos artísticos
dos mais variados, transformam escolas, centros de cultura e os caminhos que
atravessam. Palavras jogadas ao vento estilhaçam possíveis destinatários. As intervenções
feitas pelo Coletivo Fabulografias, tem como matéria-prima de trabalho a
desconstrução de um imaginário de uma África estanque vinculada a um passado
nacional escravista numa tentativa de reelaborar este imaginário mediante
oficinas através das quais são criados cartões-postais imagéticos e sonoros.
Neste ano de 2013, o Fabulografias
se aliou a Associação de Leitura do Brasil (ALB), com vistas a ampliar seu
escopo de atuação e intervenção: desta vez os locais privilegiados para as
oficinas são locais de aprendizado extracurricular e as palavras ganham ainda
mais destaque durante as ações.
O convite para a intervenção do
Coletivo no Sarau organizado pelo Instituto Voz Ativa veio através de Marcela,
que os organiza em diversos locais e datas ao longo do ano. Este, seria no dia
08 de junho, no CIC (Centro de Integração da Cidadania) do bairro Vida Nova, em
Campinas. Neste dia, o local sediava o Sabadania, evento que agregou
intervenções de grupos de cultura popular e atividades de cidadania, como
emissão de documentos, serviços da Defensoria Pública, orientações do INSS, diagnósticos
médicos, além de corte de cabelo, massagem terapêutica e palestras.
Um rio leitoso de panos brancos
transbordou o gramado ao lado do prédio do CIC naquele dia e dele borbulhavam
imagens, poesias e cores em movimento. Uma caixa recheada de postais, convidava
os que passavam distraídos a parar um momento, observar a exposição e escolher
dois postais. Um levariam para casa, o outro seria entregue ao vento, mandado
para um destinatário desconhecido. Na mesa central dançavam palavras e imagens,
onde estavam depositados as intervenções dos transeuntes de outrora e dos que
estavam por ali, naquele mesmo espaço.
Num turbilhão de memórias provocados
pela parceria ALB e Fabulografias, crianças desenhavam e escreviam. Chegavam
aos montes. Curiosas, mexiam os postais, intervinham neles com cores e formas.
O grupo embalava o ambiente, misturando sua música e movimento as fábulas
gráficas espalhadas pelo jardim. Intervimos neles e eles em nós. Estar naquele
local foi um acontecimento que marcou o início de novas parcerias, novas
propostas, novos caminhos e nos presenteou com uma pergunta que deixará sempre
aberta a novas possibilidades os percursos por onde trilharemos: afinal, pra
que tudo isso?
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