por Mirna Rolim
Ao todo foram sete participantes nesta oficina e o envolvimento foi inteiro. Montamos uma instalação na sala de atividades corporais na Faculdade de Educação na Unicamp, incluindo livros, imagens, produções de oficinas anteriores, poesias, tecidos, objetos que remetessem ao universo afro-brasileiro, galhos, folhas secas e música. Os participantes entraram para a oficina em meio a esta atmosfera performática, curiosos, e um tanto reticentes.
Conversamos em roda sobre o núcleo e suas ações e os convidamos a explorar os elementos ali que, expostos, compunham o cenário. Foi um momento de mergulho, cada um vivenciando internamente o que aqueles estímulos movimentavam e ecoavam. Aos poucos, estes movimentos e ecos começaram a sair do âmbito individual e a serem compartilhados por meio da leitura em voz alta de fragmentos de histórias e poesias que ali se encontravam.
Deste momento para a criação de imagens e textos foi um passo fluido. Mais uma vez o movimento partiu do individual para o coletivo, pois inicialmente cada um elaborou uma frase poética, um desenho, e posteriormente essas criações foram interagindo entre si naturalmente, havendo inclusive algumas consonâncias nas produções, fruto de uma sintonia sutil que se instaurou nesta tarde agradável e produtiva.
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